domingo, 22 de abril de 2007

Estréia

Pulsa o sangue

Os olhos firmam

Eu ouço e vejo em câmera lenta o trovão e o lampejo por trás da cortina de fumaça que está á minha volta e entre nós
Meio sorriso se desenha junto com a ereção
PAUSE . EXPECTTIVE
Vomito o meu delírio fugaz e profano . estribucho palavras enlouquecidas para cima de ti . reflexo do turbilhão incontrolável que há dentro
Depois te desenbaraço imediatamente o sorriso bobo inicial e vejo-te então . as mãos frias . apaixonar-se.
tornozelos frios
Sou concreto frio noturno, pronto para ser pisado
Observo de maneira crua, a violência de esperas amedrontadas
Nu . deixo-me ser rabiscado . com ponta fina, a lâmina é mais profunda. E você, com o seu querer, querendo me saber . mais e mais
Te carrego pra debaixo da língua. E enquanto você vira os olhos e aperta os lábios frios . eu agradeço os aplausos
E me adentro sozinho ao camarim . guardando sob a pele endurecida as sobras . a palpitar na garganata um pouco de tudo

Suspiro

Sozinho

A deixar que tudo vire o nada absoluto
Perdido n'alguma memória que me retorne e que provavelmente eu não acredite
E sozinho
Meio que sem querer
Desenho um torto-sorriso

Quieto

Discreto

Pronto para a próxima